Um Universo que não cabe no Nobel
19/03/14 06:30MUITA GENTE que não é cientista, mas se interessa por ciência, passou alguma parte da segunda-feira tentando entender os resultados anunciados pelo projeto Bicep2, que mostrou uma evidência direta para a teoria da inflação cosmológica. Não foi tarefa trivial. A descoberta foi feita por meio de marcas deixadas por ondas gravitacionais na radiação cósmica de fundo –uma série de conceitos difíceis de entender para um leigo.
O esforço, porém, vale à pena. Raras vezes podemos testemunhar um avanço científico palpável que nos deixa mais perto de entender o que foi o Big Bang, a explosão que fundou o cosmo.
Para quem nunca ouviu falar, a inflação cosmológica é a teoria segundo a qual o universo passou por uma fase de expansão violenta, com o espaço crescendo a uma taxa superior à velocidade da luz, durante as primeiras frações de segundo.
Essa hipótese foi criada para explicar por que o Universo parece ser extremamente homogêneo. Para qualquer lado que se aponte os telescópios, é possível ver mais ou menos a mesma concentração de galáxias e aglomerados de galáxias, algo que é um pouco inesperado para os físicos. Se a matéria e energia contida em todo o universo estavam interagindo num espaço minúsculo logo após o Big Bang, era de se esperar que essa bagunça fosse resultar num universo mais heterogêneo hoje.
Os resultados do Bicep2 são provavelmente a notícia mais importante da cosmologia desde 1998, quando foi descoberta a energia escura, a força que faz o universo crescer em ritmo acelerado. E, assim como ocorreu com a energia escura, todos esperam que a confirmação da inflação cosmológica resulte em um Prêmio Nobel de Física.
OK. E O NOBEL VAI PARA…
A pergunta que não quer calar é: quem deve ficar com o prêmio? Levei essa dúvida ontem ao físico Raul Abramo, da USP (Universidade de São Paulo), um dos cosmólogos mais experientes do Brasil e grande conhecedor da teoria da inflação, e me surpreendi um pouco com a resposta.
Primeira coisa: é verdade que o Bicep2 provavelmente levará a um prêmio Nobel, mas não é para já. “A razão é que os dados do BICEP são ainda polêmicos”, diz Abramo. “Vários experimentos (ACT, SPT, PolarBear, e outros) estavam procurando por esse sinal, mas ninguém chegou nem perto do que o Bicep atingiu. Enquanto esse resultado não for confirmado por outro experimento, eu duvido que saia um Nobel.”
Segunda coisa: a maior parte dos jornalistas (me incluo aí) citou Alan Guth, do MIT, como o criador da teoria, mas a história é mais complexa. Guth deu forma à teoria e batizou o fenômeno de inflação, mas o primeiro a lançar a ideia foi Alexei Starobinsky, do Instituto de Física Teórica de Landau. Além dele, outro russo, Andrei Linde, da Universidade Stanford (Califórnia), teve papel crucial em criar a forma mais aceita da teoria do universo inflacionário.
E a lista de nobeláveis não para por aí. “Quem de fato mostrou que a inflação leva ao padrão observado de flutuações na temperatura e polarização da radiação cósmica de fundo foi o Viatcheslav Mukhanov”, lembra Abramo, que foi orientando desse outro físico russo, hoje radicado na Alemanha. Esses estudos foram feitos antes mesmo de Guth cunhar o termo inflação. “Por fim, há ainda outros nomes que poderiam ‘jogar no ringue’, como o Paul Steinhardt e até o Stephen Hawking, que tiveram, na minha opinião, papéis menores nessa história.”
Os prêmios Nobel, porém, adotaram a regra de repartir cada prêmio em no máximo três pedaços. Quando o comitê do prêmio de física se reunir algum dia para discutir que premiar pela inflação cosmológica, então, vai se ver numa situação bastante difícil. Ao menos um nome importante ficará de fora.
E AS ONDAS GRAVITACIONAIS?
Muita gente aproveitou a descoberta anunciada anteontem também para comemorar a detecção de ondas gravitacionais. Esse é o nome dado às perturbações de espaço-tempo que Einstein previu que aconteceriam na presença de corpos com campo gravitacional muito forte interagindo de perto (é o caso do Universo logo após o Big Bang).
Algumas notícias chegaram até a citar os dados do Bicep2 como uma detecção “direta” de ondas gravitacionais, o que não está correto. A evidência é indireta, e não é a primeira, esclarece Abramo. Uma observação anterior, em 1974, de um pulsar binário que está espiralando e perdendo energia devido à emissão de ondas gravitacionais, rendeu um prêmio Nobel ao Russell Hulse e ao Joseph Taylor Jr, em 1993.
“O que essas últimas observações do Bicep2 parecem indicar são evidências fortíssimas de uma era de inflação, via ondas gravitacionais ‘primordiais'”, explica Abramo. “Elas são evidências indiretas de ondas gravitacionais, mas constituem um ‘smoking gun’ para a inflação, quase como uma evidência ‘direta’ desses modelos. Daí parece ter surgido alguma confusão.”
Existe pelo menos uma dezena de experimentos hoje tentando fazer a detecção direta de ondas gravitacionais. Se algum deles tiver sucesso, ao que parece, há espaço para outro Nobel de Física, sem relação com o prêmio cobiçado pelos criadores da inflação cosmológica. A ver.
Se você ainda não viu, veja agora o vídeo em que um físico do Bicep2 aparece de surpresa na porta da casa de Andrei Linde para anunciar a descoberta. Foi o melhor momento da segunda-feira.
Ótimo comentario do acontecido. Na minha opinião, depois de comprovadas que a polarização dos fotons tenham relação com a inflação, 3 cientistas devem ser laureados com o prêmio,- eu aposto que um deles sairá entre Alan Guth e Andrei Linde(um ou outro)outro será o do lider de equipe que conduziu o Bicep2, o terceiro será a tarefa dificil!
Sempre me pergunto porque CRIACIONISTAS sempre fazem comentários em blogs relacionados a ciências e ao universo. No fundo, penso eu, por mais que creiam ou que queiram que a sua versão da história seja aceita, sempre há aquelas dúvidas: EXISTE MESMO UM CRIADOR? SE EXISTE, QUEM CRIOU O CRIADOR? AONDE ELE ESTAVA NOS PRIMÓRDIOS, QUANDO O UNIVERSO QUE CONHECEMOS NÃO PASSAVA DE UM ÚNICO PONTO?
Cara, você respondeu o comentário errado!
A ciência tá meio perdida, por isso que cientistas andam inventando moda…Há muitos séculos atrás um filósofo de nome Jesus Cristo disse: O Reino do meu Pai não é deste mundo…Não tem essas Luzes que aparecem no espaço, que muitos chamam de disco voador…Essas Luzes vem lá do Reino do Pai de Jesus que também é nosso Pai…Quando você ou eu e todo mundo entrar em contato com esses seres de Luz, estará tudo explicado e ponto final.
A teoria do Big-Bang parte do raciocínio inverso da constatação de que as Galáxias estão se afastando entre si: Se elas estão se afastando entre si, então houve um tempo em que todas estavam juntas.
Porém, para considerá-la válida, é preciso desconsiderar o paradoxo do espaço e tempo – exatamente para que seja objeto da ciência. Daí derivariam as perguntas:
01. Houve um início absoluto para a contagem do tempo. Ora, então o que havia antes dessa contagem? Nada?! Então como que do nada surge a contagem do tempo?
02. O Universo está em expansão. Ora, então o que existe para além de suas fronteiras? Nada?! Uma placa escrita “aqui o o limite do universo”?
Posta essas razões faz sentido acreditar que “no universo nada se perde, mada se cria; tudo se transforma”; ou seja, o universo a cíclico.
Como para ser objeto da ciência é preciso estar sujeito ao espaço e tempo e fazer, até que não tenhamos a capacidade de desenvolver um experimento que reproduza tais condições, não teremos a capacidade de entender o universo em sua total extensão – o que entendo por Deus.
De que estás falando, Lucio?! Não é o Universo nem a natureza universal que faz contagens do tempo, e sim a espécie humana, que inventou isso. Não existe uma entidade ou substancia ou força natural denominada “tempo”, isto é apenas noção humana para situar cronologicamente os eventos numa sucessão que torne a história natural mais compreensivel.
O que existe alem das fronteiras do Universo? Voce quer dizer “alem desta dimensão de matéria que os sensores do seu cérebro e os sensores ou medidores técnológicos podem captar? Eu tenho usado um método que tem fornecido explicações para o invisivel: pergunto direto à Natureza. Acho que ela não engana suas criaturas. Como resposta ela sempre mostra aqui e agora um fenomeno que se assemelha ao perguntado. Aqui tem um processo que se assemelha em tudo com as origens do Universo: é a origem de cada corpo humano. Então um embrião, um feto, está em expansão dentro de uma placenta de “dark matter”. O que existe alem do pequeno universo do embrião? Algo muito, muito complexo: os corpos da mãe, do pai, tudo natural, nada mágico. Pois alem deste Universo não deve ser diferente.
Do jeito que a coisa vai, vão acabar dando Nobel para a autora do Harry Potter e para o Paulo Coelho…
Voce diria que o dedo do pianista, ao tocar uma nova tecla, está deixando uma marca na musica de fundo? Acho que sim, e é isto que o BICEP2 encontrou, uma nova nota na criação da musica universal, o tal cosmic background microwave. Mas temos um sutil problema aqui: a interpretação humana e partindo de fisicos e matematicos é como a interpretação de um cego de como seria o corpo de um elefante apenas tocando o rabo dele. Impossivel acertar com a complexidade da verdade final.
O que me deixa aturdido é a insistencia do homem moderno ainda alimentando o “pensamento magico”. Coisas como “o que deflagrou o Big Bang foi um minusculo ponto de energia super-condensada”, ou como “Something from Nothing”, que é o best-seller atual dos estudantes encantados, ou ainda que “o cérebro de macacos produziu a auto-consciencia”.
Existem algumas evidencias ( ainda indiretas) de que o Universo material nasceu de uma “explosão”. Mas para interpretar os significados existencias do Universo e desta possivel explosão, os acadêmicos materialistas ao invés de acreditarem no pai de carne e osso, inventam e acreditam num Papai Noel. “Era uma vez, um minusculo ponto magico que criou tudo isso que aqui está…desde a formidavel maquina Newtoniana, desde o incrivel DNA, até esta misteriosa mente humana…Vibrações quanticas flutuando no Nada Absoluto…voce não é capaz de senti-las?!” Qual a diferença com os apostolos que diziam “eu ouço vozes vindas de Deus, voce não?!”
Aqui e agora, debaixo dos nossos narizes, a natureza está aplicando nanotecnologia e giantologia ( bem, acabei de criar uma nova palavra, na falta de outra). Ela pega um humano adulto com 80 quilos, dois metros, 25 anos de idade, e enfia ele todo dentro de um minusculo cromossoma. Entao esse cromossoma “explode” seu envelope externo no centro de um óvulo e …voilá!…tem origem um novo corpo, um novo sistema natural. Nos momentos após a “explosão” uma célula inicial começa a se multiplicar aceleradamente, formando a mórula, blástula, etc. Eu não vejo como contestar que esse comprovado processo não seja`à imagem e semelhança do processo que as pouquissimas indiretas evidencias que temos estão indicando como nasceu este Universo. Mas se irritam com essa possibilidade como qualquer criança se irritaria com os pais explicando que ela está conversando com amigos imaginarios no céu, ou que não existe Papai Noel, não existe evidencias de magicas aqui, nem mesmo as supostas aplicadas pelo acaso absoluto usando sua varinha de produzir eventos por acidente. Eu suponho que A Natureza não engana suas criaturas: ela faz as coisas escondidas de nós pelo tamanho do espaço e do tempo, do mesmo jeito que faz as coisas aqui na frente dos nossos narizes. Quando queres saber como ela fez no passado ou num lugar muito distante, pergunte humildemente à sua mãe natureza, ela te mostra aqui e agora um parametro onde se aplica o mesmo processo. Acho que houve expansão rapida de luz emitida pelo Big Bang penetrando a massa inerte e eterea que preenche o espaço a qual denominam dark matter mas como essa luz carrega o código da vida, ela dividiu por frequencias e vibraçoes essa massa em corpos moventes, diferenciados, funcionais, e assim criou os primeiros sistemas, como atomos, galaxias, assim como naquela mórula um elemento quase invisivel, chamado código genetico, se espalha e começa a diferenciar a blastula em órgãos diferenciados. Eu tentei este caminho iniciando pela observação dos sistemas biologicos aqui e agora e descendo na escala do tempo e espaço para inquirir o que foi a origem do mundo material, meu resultado final é que uma teoria do tudo tem que envolver não apenas fisicos e matematicos, mas biologos, neurologistas, quimicos, pois até meu modelo de galaxias indicam uma cobertura de propriedades vitais. Acho que fisicos e matematicos são muito bons para estudar o esqueleto, mas dai para explicarem a parte carnal e mental do meu corpo… ou os mistérios de um Universo que tinha informações para criar a vida e a mente, as notas musicais para compor essa universal ópera, vai uma grande distancia. Se queres ver meus modelos procure aqui: “The Universal Matrix of Natural Systems and Life’s Cycles”.
O método científico tem conduzido a humanidade no caminho do saber, contrbuindo para suas aspirações inteletuais, materiais e por que não, espirituais também, resultando tudo isso num crescimento e aprimoramento da nossa espécie. Matemáticos e físicos abrem caminho na selva do desconhecido, químicos ,biólogos e demais consolidam a “picada”. todos são importantes neste tecido inteligente!
Esta história da grande explosão é tão absurda que creio que é preciso ter muita fé para crer em tal teoria.
A Bíblia não se preocupa em provar a existência de Deus e a criação dos Cosmos. Mas de forma clara e inequívoca cremos que “o Universo foi criado pela palavra de Deus de maneira que o invisível veio a existir das coisas que não aparecem”. É um ato de fé crer nas verdades das Escrituras. É axiomático, mesmo que a verdadeira ciência, a história nos trás comprovações irrefutáveis de que o Universo não é fruto de uma grande explosão e sim obra de um Criador que sempre existiu e sustenta todas as coisas.
A ciência tem inúmeros méritos mas, parte do falso presuposto que a lógica é ferramenta eficiente para explicar tudo que existe. O sistema de causa e consequência não pode exlplicar o início de tudo. Dizer que tudo surgiu do nada é altamente irracional e para saber disso não é preciso conhecer a verdade basta usar a lógica.
Rafael, muito bom seu comentário, como de praxe, mas só queria dier que me parece muito cedo para falar em Nobel. Não só pela questão dos outros experimentos, como bem disse o prof. Abramo, mas principalmente porque não é claro que: 1) a única interpretação possível dos dados são ondas gravitacionais primordiais e 2) pequenas mudanças em modelos distintos, como os cíclicos/e equipiróticos não podem reproduir os mesmos dados.
De qualquer jeito deixo um link para uma série de textos sobre cosmologia que vai tentar explicar em detalhes a situação (sim, é um pouco de publicidade sem vergonha)
http://truesingularity.wordpress.com/2014/03/18/inflacao-cosmologia-e-bicep2-o-que-descobrimos-no-dia-1704/
Deus criou o mundo com uma pequena celula que se espandio pelo universo e deixou essas maravilhas para nos humanos ademirar e nos humanos cada um de nos temos um celebro quando morremos a materia que esta dentro do nosso celebro e que leva nossa alma para o Ceu junto de Deus.