Com um século de atraso, Einstein vai à escola
11/07/13 15:43EXISTE POUCA GENTE neste planeta que não consegue reconhecer a fisionomia de Albert Einstein. A foto ao lado –o físico no verão de Long Island exibindo delicadas sandálias– não é tão conhecida. Mas todo mundo se lembra da famosa imagem do cientista mostrando a língua. Quando perguntamos a qualquer pessoa o que Einstein fez para ficar tão famoso, porém, a resposta costuma ser breve. Todos sabem dizer “ele fez a teoria da relatividade” ou sabem escrever E=mc2. Poucos, porém, se arriscam a tentar dizer o que isso significa.
Esse desconhecimento não chega a surpreender. Recentemente, numa conversa com um grupo de uns dez jornalistas mais jovens, perguntei quais deles haviam aprendido na escola o que são as teorias da relatividade de Einstein (são duas, e não uma). Só um levantou a mão. Duas décadas atrás, eu também não aprendi nada sobre a física relativística no ensino médio, nem seus conceitos mais básicos. Como exigir das pessoas que isso esteja em seu repertório de cultura geral, então, se o próprio sistema de ensino ignora o bom e velho Einstein?
Talvez essa falha esteja agora em vias de ser corrigida. No semestre que vem, alunos de escolas públicas do Estado de São Paulo terão pela primeira vez aulas programas sobre coisas como o Big Bang, buracos negros e fótons (as partículas de luz), todas essas ideias derivadas de trabalhos de Einstein publicados há cerca de um século. Folheando o novo programa de física do currículo oficial da secretaria estadual de educação, também é possível achar menção a conceitos como “espaço curvo” e “quantização da energia”, conceitos dos quais Einstein foi pioneiro.
Não sei qual é a situação do ensino de física em outros países do mundo, mas acho estranho que a relatividade tenha demorado tanto para chegar às salas de aula. Einstein transformou radicalmente a percepção que os físicos têm do espaço, do tempo e da própria realidade. Seu trabalho envolve uma matemática sofisticada, claro, mas isso não é impedimento para que estudantes de ensino médio deixem de aprender os conceitos de suas teorias, ou até aspectos mais simples de sua matemática.
Tenho impressão de que a ausência de Einstein era o reflexo mais claro de uma cultura de educação científica atrasada no Brasil. Os próprios cientistas já vinha criticando isso. Celso Pinto de Melo, presidente da Sociedade Brasileira de Física, declarou recentemente que aquilo que prejudica a física no Brasil é “uma cultura muito livresca, que valoriza as fórmulas e a memorização”. Isso não está longe da opinião de muitos estudantes que deixam a escola sem ter boas lembranças das aulas de física.
Isso tudo é para dizer que, com excesso de tempo gasto para aprender a solucionar problemas de física newtoniana que envolvem equações bizantinas, não há tempo para aprender conceitos básicos de física einsteniana. E, mesmo na física clássica, muitas vezes os alunos são treinados para decorar fórmulas sem entender os conceitos por trás delas.
Um dos maiores culpados pela disseminação dessa cultura, claro, é o vestibular. Com agenda apertada para encaixar tudo o que há para aprender, a maioria das escolas acaba desistindo de tentar encaixar no programa algo que não seja cobrado no vestibular. Admiro os coordenadores do novo currículo das escolas públicas estaduais, portanto, por terem tido a coragem de fazer isso antes da Fuvest.
O novo programa inclui não apenas os trabalhos de Einstein, mas também vários tópicos de mecânica quântica e de física de partículas (com quarks e tudo o mais) outra física centenária que em geral não é muito abordada no ensino médio. Pessoalmente, acho até que o programa poderia ter sido um pouco mais ousado, incluido uma abordagem mais direta de conceitos da relatividade especial. (Apesar de haver física relatívistica no novo currículo, a palavra “relatividade” não é mencionada em nenhum lugar do texto.)
Mas o problema do ensino de física em São Paulo, claro, não vai ser resolvido só com uma mudança de tópicos no currículo. Quando essas alterações ainda estavam sendo discutidas, muitos educadores questionavam se haveria número suficiente de professores qualificados para ensinar física moderna no ensino médio.
O grau de dificuldade que as escolas terão para implementar isso vai ficar mais claro no semestre que vem, quando Einstein começa a entrar efetivamente na sala de aula. Se os problemas bizantinos de mecânica clássica tiverem de ser abandonados em favor de abrir espaço ao ensino de conceitos de física moderna, porém, acho que a mudança será positiva.
Acho interessante e digo que não é só a física que está atrasada. Toda a ciência está. Mas, por mais interessante que seja, temos que ser realistas. A educação em matemática é suficiente para que os alunos compreendam os conceitos de física moderna? Quantos de nós saimos aprendendo limite, derivada e integral? Se ensinar física newtoniana já é difícil sem esses conceitos, como falar em mecânica quântica?
Cara Camila, favor escolher melhor as palavras. A ciência nunca estará atrasada, pois refere-se a “investigação ou estudo racionais do Universo, direcionados à descoberta de verdades compulsoriamente atreladas e restritas à Realidade Universal”. A ciência será sempre a linha de frente do conhecimento. Dificilmente se consegue atribuir como verdade aquilo que não tiver método científico. Talvez o que você refira como “atrasados” são os currículos escolares das disciplinas no ensino médio brasileiro. É isso?
Quem está atrasada é a SEDUC/SP e o nobre jornalista, pois a FUVEST, a UNICAMP e a UNESP abordam tópicos de física moderna (Planck, Einstein, De Broglie, …) já faz alguns anos, assim como vários vestibulares de universidades federais já tinham tópicos de física moderna em suas provas, antes do ENEM ser adotado por essas instituições federais.
Edson, os vestibulares abordam Einstein marginalmente. Ele pode aparecer em algumas questões de maneira esporádica, mas os conceitos das teorias dele não estavam listados no programa de estudos da Fuvest até a época em que novo currículo estadual começou a ser discutido. Claro, dou meu braço a torcer caso a Unicamp tenha incluido esses conteúdos antes, mas a Fuvest sempre foi a maior influência nos conteúdos dos currículos.
Que lamentável, queira saber, que tudo o conteúdo descrito acima esta sendo ministrado na rede estadual desde 2008, que tais conteúdos já parte integrante dos PCNs com dez anos de antecedência. Procure se informar um pouco melhor por favor, pois desde o lançamento do novo currículo do estado venho ministranto os conteúdos descritos.
Marcimiliano, não sei dizer qual foi força da influência que a inclusão de física moderna nos Parâmetros Curriculares Nacionais efetivamente tiveram no programa das escolas estaduais de São Paulo. Eu tendo a imaginar que o currículo da secretaria estadual seria um determinante mais forte. Se você me disser o contrário, vou acreditar em você, porque não sou professor e não tenho a vivência que você tem. Pelo que outros professores de física me disseram, pelo menos até 2010 a inclusão de várias coisas de física moderna no currículo ainda estava em discussão, e os currículos novos só foram publicados em 2013. Coisas de física quântica como modelo de átomo de Bohr, orbitais de elétrons etc. já eram ensinados, mas outras coisas em física quântica e sobretudo física de partículas, não. A secretaria prometia, além disso, fazer testes com os currículos novos antes de entrarem em vigor. Eu sei que a mudança do currículo não é feita de uma hora para outra e que ela não é determinante absoluto sobre os programas das escolas. Mas a publicação do novo currículo estadual é um marco importante, eu acredito.
Após (e durante) ler o texto posso afirmar que o autor desconhece a realidade das salas de aula da rede estadual, desconhece a formação dos professores de física que estão na rede e, mais grave ainda, desconhece a estrutura organizacional do trabalho docente (não só na rede estadual). O autor diz que “no semestre que vem, alunos de escolas públicas do Estado de São Paulo terão pela primeira vez aulas programas sobre coisas como o Big Bang, buracos negros e fótons (as partículas de luz), todas essas ideias derivadas de trabalhos de Einstein”. Discordo plenamente: os alunos não terão as aulas (pelos motivos acima citados) e as ideias não são derivadas dos trabalhos do Einstein, talvez em parte. Em outro trecho, diz que “o grau de dificuldade que as escolas terão para implementar isso vai ficar mais claro no semestre que vem, quando Einstein começa a entrar efetivamente na sala de aula”, o que também é inverdade previsível, já que o grau de dificuldade já é conhecido; o velho Einstein não entrará, nem tampouco efetivamente. Achei pura propaganda da proposta curricular do Estado.
Vale ressaltar que já é mais do que necessário inserir a física do século XX no ensino do século XXI.
O buraco é muito mais embaixo. A sociedade deve decidir qual a função do ensino médio. A partir daí é que monta-se o currículo e nele a relevância dos assunto que serão tratados e COMO serão tratados.
No Brasil, o ensino de ciencias é muito atrasado, seja no ensino fundamental, seja no ensino médio. Nossos alunos precisam de aulas experimentais, laboratórios, demonstrações em sala etc. muitos professores nem sabem explicar como funcionam uma geladeira…Ter isso é até mais prioritário que aprender relatividade.
Concordo totalmente ! Há de fato esta tendência medonha de abolir experimentos. O estudante brasileiro não conecta a realidade com os modelos teóricos e tem medo de “botar a mão na massa˜. Este estado de coisas gera pessoas incapazes de inovar e transformar conheciemnto em tecnologia.
Na minha opinião, o texto tange questões importantes. A primeira delas é o aumento vultoso, exponencial, do conhecimento. E eu falo sobre o conhecimento que é aplicado no dia a dia, no celular, na tv digital, na sola do tênis. A segunda questão é sobre a formação do aluno. Parece claro que, daqui a 50 anos, não haverá crianças e adolescentes capazes de entender tão facilmente o que a ciência já tiver revelado. Mas possivelmente terá muitos adultos pensando no que as alunos “tem que aprender” no ensino básico. É nesse confronto de expectativas que explode a derrocada escolar. Esse sim, o grande desafio dos nossos dias: como manter escolas frequentáveis, tanto para alunos como para professores. A proposta de “gestão da escolarização” é que os currículos sejam enormes, incluam de tudo. Mas, facultativos, em sua quase totalidade. Por isso geridos, com orientação dos professores, de aluno para aluno. Pelo menos como tentativa, antes de se chegar ao virtual “abolicionismo escolar”, muito bem identificado por Danilo Ferreira de Camargo.
Bizantino é ser obrigado a aprender cursos do tipo ! Ideal seria uma grade onde o aluno optasse entre ofertas de matérias. Para quem se interessa, vai uma dica .: “E=mc2 A Biografia da Equação mais Famosa do Mundo.” Autor: David Bodanis”. Uma aula de ciência em forma simples e didática.
Infelizmente o papel aceita tudo. Como já comentaram, todos esses temas já faziam parte dos PCN, que são lindos mas não chegam dentro da maior parte das salas de aula. Os motivos para isso são dois: primeiro o desinteresse de grande parte dos alunos, que tornam quase impossível ao professor dar suas aulas, e depois a fraca formação de grande parte dos professores que atuam em física na rede estadual.
Acho louvável que haja essa preocupação por parte da SE, o problema está na formação de muitos dos nossos colegas, pois, o conhecimento da Física moderna ou contemporânea ainda chega até eles tão somente como manchetes nas diferentes mídias. E mais, como atualizar-se com uma jornada de até 70 horas aulas semanalmente?
Muito bom! Já não era sem tempo
Relatividade restrita pode ser estudada satisfatoriamente apenas com álgebra básica de colégio e matrizes. Já estava na hora de se fazer esta inclusão. A insistência em tratar o ensino de Física de forma praticamente cronológica é um erro. O papel do colégio é formar cidadãos que compreendam o mundo onde vivem, dessa forma o ensino de ciência deve estar ligado à realidade tecnológica repleta de semicondutores, tvs de plasma, ruído branco do big bang em tvs não sintonizadas e GPs.
Operar dentro da estrutura da relatividade (como calcular correções à newton) é possível com a matemática do segundo grau. Operar em gravidade (relatividade geral) e quântica é impossível. Discutir estes temas no nível de “f’ísica de botequim”, apresentando suas interpretações sem com ela operar é possível e útil, mas são necessárias aproxiações que podem ser grosseiras se não houver treinamento adequado dos professores. O maior problema é que vira misticismo, sem a matemática não existe como chegar às consequências físicas sem “acreditar” na autoridade dos cientistas – o que é uma mensagem pobre em termos de ciência para os jovens. É verdade (no sentido científico) porque as equações explicam os dados observacionais, mas desculpa, não posso discutir com os alunos nem as equações nem as observações. Acredita ai galera, foi o Eistein que disse!
Caro Rafael, Sou Professor de física e minha esposa também é professora de física, na rede pública de ensino do estado de São Paulo, concordo com a importância desses conceitos, afinal essas teorias revolucionaram a ciência e o modo de viver! Entretanto não se pode colocar o carro na frente do bois. Seria ingenuidade de nossa parte achar que para se ler Camões não fosse preciso ser bem alfabetizado e ainda ter algum conhecimento de historia e literatura!!!
Independente de Einstein aparecer ou não nos currículos escolares estaduais, concordo com alguém aí em cima que disse que essa coluna está mais para propaganda do fraquíssimo sistema educacional estadual do que uma alvíssara para a entrada de conteúdos físicos descobertos no século XX. Aliás gostaria de “parabenizar” o Estado de São Paulo que, mesmo sendo o Estado mais rico do país, não possui nem de perto a melhor educação pública e, mesmo assim, vive sendo alvo de elogios de colunistas “chapa branca” dos jornalões e revistas do estado, nem que seja somente por ter incluído conteúdos já previstos nos PCNs, como outro já havia dito acima também. Desculpe se interpretei errado mas, do meu ponto de vista, onde a educação nacional é sempre criticada por cidadãos, alunos e professores brasileiros, os textos referentes à educação estadual de São Paulo sempre passam à margem da discussão de qualidade, ao mesmo tempo em que sempre tem algum colunista elogiando alguma parca melhora propagandista neste sistema. Quer um exemplo? Onde é que os pobres cidadãos da periferia preferem colocar os seus filhos: numa escola municipal ou numa escola estadual? Onde os professores preferem trabalhar? Em qual das escolas existem mais “temporários” trabalhando? E o mais importante: se você não for até a periferia perguntar essas coisas para os cidadãos moradores de lá, onde você encontrará esses dados? Pois é, amigo. Mas… que bom que o Estado “se adiantou” à Fuvest e incluiu esses conteúdos para o aprendizado dos alunos. Assim eles poderão competir “em pé de igualdade” com os alunos de escolas particulares, não é mesmo? Que governo bonzinho…
Que importância tem o aluno do ensino médio saber algo mais profundo sobre Einstein e suas teorias se isso é conteúdo mais voltado para o curso superior? A teoria da relatividade mesmo é uma coisa tão complexa que no mundo todo apenas físicos especializados conseguem entendê-la e explicá-la, não vai ser um aluno de ensino médio que vai consegui-la entender.
As teorias da relatividade de Einstein são duas e não uma, mas você não disse a outra. E nem explicou o que E=mc2 significa. Ou você não sabe, e não procurou saber. Assim seu texto ficou sem didatismo, texto ruim.
Hélio, obrigado por apontar minha falha. Eu não entrei em pormenores das teorias porque o assunto do post era mais a inclusão de Einstein no ensino médio, e não suas teorias. A teoria da relatividade especial, de 1905, lida com a quebra de parâmetros universais na física, o fim do conceito de éter, a quebra da simultaneidade universal, o conceito de espaço-tempo como uma entidade única, a equivalência matéria-energia e a contração do tempo. A teoria da relatividade geral, de 1915, é uma extensão da teoria anterior, e é fundamentalmente uma teoria de gravidade, que descreve essa força como curvaturas no espaço tempo causadas pela presença de massa. Dito assim de sopetão pode parecer meio difícil, mas explicar os conceitos básicos das teorias é bem possível.
Daqui a pouco os biólogos vão querer que os alunos do ensino médio tenham noções mais profundas da teoria da evolução de Darwin. Sinceramente, discussão inócua. Inserir conteúdo que seria de ensino superior no ensino médio é erro grosseiro. Poucos físicos no mundo dominam de fato a teoria da Relatividade de Einstein então não podemos esperar que aluno do ensino médio perca tempo com algo que ele nunca vai conseguir assimilar. Nem a física básica o aluno consegue apreender. Quem apóia essa idéia vive no mundo da fantasia. Nem na Finlândia, o melhor ensino do mundo, pensa-se tão alto assim.
Caro Torquemada, obrigado por nos trazer todo seu conhecimento sobre a política educacional da Finlândia. O que eu estou defendendo no texto, porém, é na verdade uma simplificação do ensino de física. A matemática da relatividade geral é difícil, mas entender os *conceitos* mais básicos da teoria não. A relatividade especial também tem *conceitos* que podem ser assimilados, e não chega a ser impossível ensinar um pouco da matemática por trás dela. Hoje os alunos gastam um tempo enorme para aprender a resolver exercícios intricados de física e química cuja matemática muitas vezes não está diretamente relacionada ao ensino dos *conceitos* do que está na matéria. Há uma enxurrada de livros de divulgação científica hoje que explicam as bases das teorias de relatividade sem usar muita matemática. Então, não se trata de complicar o ensino de física. O que eu defendo (é apenas uma opinião minha) é que o currículo do ensino médio tenha um pouco mais de foco em dar cultura geral aos alunos e tire um pouco da carga técnica que essas disciplinas tem.
Deveria haver maior cuidado com a forma como o assunto é colocado. Sou formado em Física. Julgo que o desinteresse do aluno é essencialmente consequência da qualidade do professor e do cuidado que os pais têm em acompanhar a vida escolar do filho, não do tipo de assunto abordado: chamar a física newtoniana de bizantina, dando a entender que seu ensino é ultrapassado, é extremamente incorreto. Nos domínios das velocidades presentes no cotidiano, ela é totalmente aplicável e é um limite da teoria de Einstein. Além disso, é também um erro achar que o aluno já poderia entender teoria da relatividade de Einstein sem ter conceitos da Física anterior a ele. Finalmente, física relativística diz respeito ao movimento relativo dos corpos, não necessariamente de efeitos que surgem a velocidades elevadas, onde o tratamento de Einstein torna-se relevante: Galileu já tinha tratado do assunto e isso é o que é ensinado atualmente nos colégios nesse tópico de física relativística.
André, eu não quis dizer que a física Newtoniana é bizantina. Ela fica bizantina na maneira com que é apresentada dentro da tradição de ensino de ciências no Brasil: pouca discussão sobre conceitos e muito tempo gasto com problemas que muitas vezes envolvem uma matemática alheia àquela necessária para apresentar as teorias. Esse é o ensino de física que eu tive quando passei pelo ensino médio há mais de duas décadas, mas, pelo menos segundo a SBF, o problema persiste. Qualquer teoria fica bizantina assim. Em nenhum momento eu falei que os estudantes não precisam aprender Newton. Não só eles precisam aprender, como Newton precisa continuar como pilar central do ensino de física. O que não dá é para um estudante de ensino médio ficar três anos estudando física e não ter nenhuma aula, nem uminha, sobre os conceitos da relatividade. Isso na minha opinião precisa ser previsto no currículo.
Tirando todo este debate, acho que posso, pela minha parca experiência pessoal legendando vídeos sobre Ciência no Youtube – principalmente Física e Astronomia – dizer que tem muitos jovens que me pedem cada vez mais para que eu continue fazendo isto. Acho que só pelo fato deles enfim vislumbrarem o Universo, e de como as coisas que descobrimos até agora são do jeito que são, já é motivo suficiente para, com a metodologia de ensino correta, inserir cada vez mais a Ciência o mais cedo possível na vida das pessoas que nos substituirão, antes que seja tarde demais.
Pra que estudar Física Moderna se estamos saindo do segundo grau sem saber ler, escrever, fazer um gráfico, uma regra de três ou mesmo o que são as leis de Newton? Recebemos aprovados em vestibulares que nitidamente mal conhecem o português e não conseguem se expressar claramente. Os programas e a retórica são lindos, a prática é outra. Apesar da importância da Física Moderna para entender as questões do nosso tempo, ela deve ser construída, pelo menos do ponto de vista lógico, matemático e histórico, como uma extensão da Física Clássica que já aprendemos muito mal. Vamos aprender a racionar e a fazer contas, colocar laboratórios e pensamento crítico nas escolas, despertar o gosto pelas ciências, cobrar pra valer o núcleo básico e teremos cidadãos esclarecidos não só para endender como o mundo moderno funciona mas para inventá-lo. Passemos de meros ouvintes de blah blah blah nas escolas a atores de um mundo em constante movimento.
Ha 8 anos sou professor de Física nos USA, ao nível de High School (HS), o que equivale ao segundo grau no Brasil. Aqui existem 3 níveis de Física em HS, que são:1) Regular, onde são abordados conceitos básicos de todos os tópicos da Física, como mecânica, termodinâmica, ondas, fluidos, eletricidade/magnestismo, otica, som e nada de Física moderna ( que começa com Relatividade e vai até cosmologia). O curso é suposto ser mais “hands-on”, com laboratórios e aplicações práticas. Mais conceitual. 2) O que chamam de Honors, com o mesmo currículo que o regular mas onde o professor vai mais fundo em cada assunto. Mesmos tópicos que o regular. 3) AP ( Advanced Program) , a nível de College , onde os alunos, se passarem num exame no final do ano, já ganham crédito para o college. Neste curso já se estuda a Física Moderna, mas não indo até mecânica quântica ou física nuclear. Aliás, já vi reportagens como essa do Rafael onde há um clamor da sociedade de prof. de Física de que o que se ensina nas escolas de primeiro e segundo graus não tem nada a ver com a nossa sociedade moderna, onde nossa vida gira em torno de laptops, iphones, ipads, celular, MRIs, etc, todos feitos possíveis graças aos conhecimentos da Física moderna. O programa de AP-Física B acaba de ser modificado pelo Board, de forma a exigir dos prof. que passem a ter uma abordagem de estilo mais “inquiry-based instructions” , onde os alunos são induzidos a “descobrir” por eles mesmos as relações entre a variáveis envolvidas em um fenômeno físico. O curso foi distribuido em 2 anos, e não mais 1, e deve ir mais fundo em cada tópico.
Para aqueles interessados em saber mais sobre esse assunto cheque o link adavancesinap.collegeboard.org/math-and-science/physics.
As duas “teorias da relatividade” lançadas por Albert Einstein, que são: “Teoria da Relatividade Especial ou Restrita” e a “Teoria da Relatividade Geral”; ambas são questionáveis, pois, o próprio físico alemão tinha suas dúvidas com relação a essas teorias, quando ele disse a seguinte frase: “Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que respeita o universo, ainda não adquiri a certeza.“ Portanto, as fórmulas: ” E = m.c² “, bem como a ” Gμv = Rμv – R/2 . gμv + Λgμv = 8πG/ c4 . Tμv ” – respectivamente, relacionadas às Teorias da Relatividade (Restrita ou Especial) e a (Geral), ambas, equivocadamente, o Sr. Einstein, deixou de incluir a “Gravitação Universal”, ou seja, deixou de incluir a “Força da Gravidade” nessas equações, pois ele a considerou como sendo uma deformação do “espaço-tempo” e não como uma força que atua nas partículas, sejam micro ou macrocósmicas. Sendo assim, acredito que em ambas deveriam estar inclusas as letras “g” e “G”, da seguinte forma: Ei = g.m.c² ( para energia inferior voltada para o plano global ) e Es = G.M.C² ( para energia superior voltada para o plano Sideral ). Já quanto à “Teoria da Relatividade Geral”, poder-se-ia equacionar: • ∑E = [Λ] x [W] x [μο]-² x { 2μο [ (G.MS.MT) + ∆s ( (p . t) + C ) ] + ∆s μο [ (MS .C²) + (I.ω²) ] + 2 ∆s E.B } ou • ∑E = [Λ] x [G .r. Σcos (θ )] x [μο]-² x { 2μο[ (G.MS.MT) + ∆s( (p . t) + C ) ] + ∆s μο[ (MS.C²) + (I.ω²) ] + 2 ∆s E.B }, cuja equação poder-se-ia chamar de: Teoria da Relatividade Geral Cósmica.
Essa pequena explanação seria a possibilidade de mostrar um questionamento acerca daquelas teorias de Albert Einstein e, sendo assim, em havendo equívoco no trabalho do físico alemão, seria questionável, também, incluir aquelas teorias dele no currículo das escolas de ensino médio.
Para finalizar, estou apresentando aqui a minha humilde opinião, quae também pode ser questionada, assim queiram.
Nao entendi nada e olha que gosto de física. Posso até propor conceito diferente para a gravitacao baseado na possibilidade de, afora as caracteristicas dos corpos: material e ondulatoria (Debroli, 1923), existir uma terceira entidade ou caracteristica em que os cospos nao se limitam ao que se vê na terceira dimencao mas se imbricam pois existem em todo o universo conhecido cuja densidade diminue à medida que se afasta do centro de massa de cada corpo celeste, qualquer que seja o seu tamanho detectado na terceira dimensão. Um universo de massa elástica única só falsamente fragmentada, dai a força gravitacional se manifestar de forma newtoniana na sua característica material, a parte da ondulatoria. So falta calcular isto e demonstrar por experimentos que trabalhem com dimensões acima das cartesianas visíveis a olho nú.
Prezado EABDOW, a princípio, toda proposta nova e revolucionária, geralmente não é compreendida, como foram as idéias de Isaac Newton e do próprio Albert Einstein, pois no início quando eles lançaram seus trabalhos, ou suas idéias, eles não foram compreendidos, precisaram do apoio de algum cientista de renome para que desse apoio e assim as novas teorias tivessem sucesso e fossem, até hoje, reconhecidas.
Para não entrar em detalhes, neste pequeno espaço, sobre o desenvolvimento das equações acima apresentadas, gostaria de sugerir a quem interessar, a leitura do meu trabalho intitulado de: Contestando a “Teoria da Relatividade Geral” de Albert Einstein. Foi lançado em dezembro de 2012. Grato pela atenção!
VCS NAO DEVERIAM TER FEITO ISTO. COM CERTEZA. TEORIA DA RELATIVIDADE OU NAO NAO TEM SIGNIFICADO PARA O JOVEM ESTUDANTE QUE NEM SABE COMO SURGIU O PENSAMENTO QUE LEVOU NEWTON A FORMULAR A SUA PRIMEIRA LEI, ORAS.
O que percebo é que parece haver uma certa aversão por parte dos nossos educadores quanto ao ensino de exatas. Não vamos negar; existe um forte viés de proselitismo político entre os pedagogos de enxergar as ciências exatas mais como instrumento da “educação utilitarista a favor da formação de mão de obra para o mercado”. Há uma preocupação em formar cidadãos pensantes, mas que não sabem interpretar um texto mais técnico ou fazer as quatro operações básicas.
Boa Noite,
O presidente da SBF afirma que o que está prejudicando é “uma cultura muito livresca, que valoriza as fórmulas e a memorização”.
Pode ser. Mas, então porque não tentar aplicar tal reforma no ensino superior de Física também??
Pois, quem está fazendo um curso superior de Física, p. ex., vai encontrar cultura livresca, fórmulas, etc. do mesmo jeito.
Se não, qual a finalidade de mudar o ensino de Física no nível médio se depois (superior) o aluno vai encontrar as mesmas coisas que ele repudiava, só que agora em com maior intensidade!??
Infelizmente a maioria das escolas estão preocupadas em formar o aluno para o “grande dia”: o vestibular.
Desta forma o ensino limita-se à transmissão de fórmulas e conceitos que induzem ao aluno decorar fórmulas e a fazer exercícios, sem que seja instado a pensar e a entender aquilo que lhe é transmitido.
Não à toa que a grande maioria detesta física, química e matemática, não porque sejam intrinsecamente difíceis, mas porque ninguém se preocupa com seu entendimento.
ledライト 価格 「そんなのあるわけないじゃん。確かに三木谷オーナーのお子さんはウチ(主宰するデーブベースボールアカデミー)で教えているけど、面倒を見ているのは犬伏(稔昌=元西武)。オレがお子さんを教えたことは一回もないのに」 led ライン照明 「プライベートの付き合いなんてあるわけないでしょ。そもそも、そのウワサを流した人のヤキモチじゃないの? 『誰かに気に入られてうらやましい』って。だったら、オマエも誰かに気に入られてみろよ、と。ホント、バカバカしいよね」ledライト 価格 「正直ね、そんなウワサは、(力を込めて)本っ当にどうでもいい話なんだよ。西武を辞める時(10年の菊池雄星に暴力を振るったとされる件)はみんなでオレをぶっ叩いておいて、楽天のコーチに就任(12年)したら、知らん顔。led ライン まあ、勝手に叩くのはいいよ。どうぞどうぞ、だよ! たかが現役で41本しかホームランを打ってない選手がこれだけ騒がれるんだから、オレも大したもんだよ(苦笑い)。むしろ名前を売ってくれてありがとう、と。でもね、オレのことはいいけど、家族や身内がいるってことは知ってほしい。そこに迷惑がかかるようなことだけはしてほしくないんだけどねえ……」
7月2日からチームの指揮を執っている、「デーブ」こと楽天の大久保博元監督代行(47)。二軍監督から急きょ、一軍を率いることになった途端、星野監督との不仲などさまざまなウワサや臆測が飛び交っている。 ledライト 価格 25日にも星野監督が復帰するという報道もある中、「真実」はどうなのか、デーブ監督代行を直撃した。ledライト 価格 まず、改めて「監督代行の代行」に就任の経緯を聞きたい。星野監督が休養した当初は、佐藤投手コーチが務めていたわけですが……。led ライン照明 「7月1日に安部井さん(チーム統括本部長)から『明日から、チームの指揮を執ってくれませんか』と言われた。それが最初です。そりゃ、丁寧にお断りしましたよ。とてもじゃないけど無理だと思ったから。でも、安部井さんが『これは決定事項です』と」ledライト 価格 「通達があった日の夜にね。困ったから電話をして、これこれこうなっているんですけど、どうしたらいいんですか? と聞いた。そうしたら、オヤジ(星野監督)に『いいよ、好きにやってこい』と言われたからね。まあ、会社の決定事項には逆らえないし、監督も背中を押してくれた。それだけのことなんだよ」led ライン 「(ため息をついて)そんなの好きに書かせておけばいいんじゃないの? どうぞどうぞ、と。正直、どんなウワサをされても、どうでもいい話なんだよね。実際は違うんだからさ。面倒くさくて、そうした報道には付き合ってられないんだよ」ledライト 激安