Farish A. Jenkins (1940-2012)
12/11/12 17:31QUALQUER BIÓLOGO que já tenha exibido uma camiseta ou adesivo estampado com o famoso desenho do peixe com patas para celebrar a teoria da evolução de Darwin pode querer entrar em luto hoje, diante da perda do paleontólogo que deu sentido literal a essa imagem. Farish A. Jenkins, 72, professor de zoologia da Universidade Harvard, morreu ontem de complicações causadas por um câncer, após brigar por alguns anos contra a doença.
Jenkins foi um dos descobridores do famoso Tiktaalik roseae —animal de 375 milhões de anos que marcou a transição dos peixes para o ambiente terrestre, numa era em que a espécie teve suas barbatanas gradualmente transformadas em patas. A descoberta (relatada aqui na Folha em reportagem de Reinaldo José Lopes em 2006), foi o ponto culminante de décadas de dedicação do cientista, que já havia desenterrado e caracterizado diversos mamíferos pré-históricos, dinossauros, pterossauros e um número sem fim de animais.
O interesse principal de Jenkins, declaradamente, era o estudo de grandes transições evolutivas —períodos na história do planeta em que animais se adaptavam a diferentes habitats. Nenhum assunto, portanto, era mais atraente do que a conquista da terra: provavelmente a mais difícil de todas as transições feitas pelos animais vertebrados. A descoberta do Tiktaalik, portanto, foi uma demonstração histórica do poder de previsão da teoria da evolução, que vê essas mudanças como processos graduais.
Tive o privilégio de conhecer Jenkins no ano passado quando ele guiou um grupo de jornalistas pelo Museu de Zoologia Comparada de Harvard. Assim que me apresentei como brasileiro, ele logo abriu um sorriso e disse: “Então você sabe quem é Paulo Vanzolini”. Em seguida, contou sobre sua amizade com o biólogo paulista e sobre como “Vanzo” o ajudou a mostrar que o Tiktaalik tinha hábitos terrestres. (A transição da água para a terra requeria uma mudança no encaixe dos ossos da da caixa toráxica do animal, e o cientista brasileiro fornecera a Jenkins um exemplar de tamanduá, bicho cuja sustentação do torso requer estrutura semelhante à do Tiktaalik.) “E é claro que eu sei das belas canções que Vanzo compõe, também”, fez questão de dizer.
Conversando com outras pessoas, descobri que Jenkins é conhecido em Harvard justamente por sua capacidade de cativar a todos. Qualquer que fosse o interesse do interlocutor, ele sempre tinha um causo interessante para contar. Gostava de aventura e colecionava histórias sobre como ele e seus colegas se perdiam —passando fome e frio às vezes— e cruzavam o rastro de ursos polares em expedições para procurar fósseis nos rincões do Ártico.
Quando nos recebeu em sua sala no museu, estava trabalhando no desenho de um dinossauro saurópode e passou alguns minutos explicando que era uma espécie de animal cuja biomecânica ele queria revisar. Em sua lousa estavam desenhos de alguns dos ossos, que ele riscara com um talento e capricho admirável. Era um artista do giz.
Jenkins partiu deixando tristes seus familiares, amigos e várias gerações de biólogos talentosos treinados por ele —notadamente Neil Shubin, da Universidade de Chicago, codescobridor do Tiktaalik e sucessor informal de Jenkins em sua missão como divulgador da ciência. No ano passado, o professor de Harvard tinha recebido um prêmio interno pelo cuidado especial que dedicou a calouros e estudantes de graduação da universidade durante 30 anos. Todos que conheceram Jenkins vão se lembrar da paixão que ele tinha pela biologia e de sua capacidade de despertar essa paixão nos outros, fossem cientistas ou leigos. Vai deixar muita saudade.
Bela matéria. Trabalhei com Neil Shubin por 3 anos. Farish foi seu grande mentor e colaborador. Nunca o conheci pessoalmente, exceto pelas histórias das aventuras de campo descritar pelo Dr. Shubin. Um dia triste.
Espero que os discípulos desse grande Biólogo, Farish A. Jenkins, 72, continuem com as pesquisas e seriedade do seu belo trabalho.
A natureza precisa disso.
É uma triste notícia. Sou leigo, mas curioso no assunto, e sempre admirei homens como Jenkins que dedicaram suas vidas em prol da ciência. Frequento o UOL desde que foi criado e estou um tanto quanto decepcionado com os rumos que este site tem tomado. São matérias como esta, e a secção de ciência, que tem evitado que eu abandone o UOL de vez.
O suposto fóssil de transição aplaudido como “prova” da evolução – tiktaalik – na verdade, não passa de uma versão antiga de nosso moderno peixe-gato, morfologicamente são bem parecidos e pequenas variações tecnicamente não provam nada, mesmo porque não se viu nenhuma pata ou pés saindo
dele de forma evidente para se tornar num anfíbio terrestre.
Estudos mostram grande controvérsia sobre pegadas e datação deste peixe invalidando sua posição de transicional.
http://www.nature.com/news/2010/100106/full/news.2010.1.html#B2
Cícero, o Tiktaalik não era um bagre. Não sei que estudo você leu dizendo isso.
A reportagem na Nature que você menciona não fala em nenhum problema com a datação do Tiktaalik. O que ela mostra é que pegadas de algum outro animal foram encontradas numa rocha sedimentar datada de uns 20 milhões de anos antes.
Este estudo, sim, ainda é relativamente controverso, mas mesmo que esteja correto não invalida a posição do Tiktaalik como animal transicional. Os biólogos sabem que transições complexas são lentas e envolvem diversos becos-sem-saída evolutivos em meio às trajetórias que levam ao estado atual da biodiversidade. O Tiktaalik certamente não é o único animal envolvido na transição da água para a terra, mas certamente é um deles.
Rafael,
Este estudo invalida sim, a posição do Tiktaalik como animal transicional, pois nem haveria sequer, a essencial locomoção. O artigo diz:
“They note the fossil structure of transitional species such as Tiktaalik or Panderichthys 4 — another elpistostegid — would make such walking motion “impossible“.
transições complexas são lentas e envolvem diversos becos-sem-saída evolutivos
Concordo, na verdade estão presos lá desde 1859.
Mais balela sobre esse peixe no JC:
“Pegadas encontradas no sudeste da Polônia indicam que os peixes “criaram” pernas e conquistaram a terra quase 18 milhões de anos antes do que se acreditava.”
LOL! Sim, os peixes “criaram” as suas próprias pernas, resolveram viver na terra, se cansaram da água…vamos mudar de vida disseram!!
“Ou seja, há 395 milhões de anos, os tetrápodes –vertebrados com quatro patas– já caminhavam por aí. E com dedos, pés e mãos articulados.”
Mágica!!?? e quais mecanismos geraram esses pés, dedos e mãos, bem estruturados,… mas claro isso já é pedir demais para os crentes evolucionistas!
O artigo sugere: nada confirmado, nada provado, nada de consenso, nada conclusivo. Só especulação como sempre…
http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=68315
Mais inconsistências e controvérsias, com falhas pesadas no registro fóssil:
http://www.nature.com/nature/journal/v463/n7277/full/nature08623.html
Cícero, o que os autores do paper dizem é que o padrão de locomoção deixado pelas pegadas não é compatível com um animal de anatomia similar ao tiktaalik. Em nenhum lugar o estudo diz que a transição da água para a terra seria impossível.
A ótima matéria que minha querida amiga Giuliana Miranda escreveu sobre as pegadas da Polônia não diz em nenhum lugar que elas põem em dúvida o fato de que ocorreu uma transição evolutiva de vertebrados da água para a terra.
O que o estudo sugere é uma possível mudança na data em que a transição ocorreu, o que ainda assim é controverso, porque são pegadas e não um fóssil de esqueleto.
O Tiktaalik é uma descoberta histórica, um fóssil extraordinário que certamente está relacionado ao período de transição da água para a terra. Mesmo que seja uma espécie marginal nessa linhagem, o Tiktaalik se encaixa muito bem na história natural prevista pela teoria da evolução e é um trunfo de Darwin.
Quando a Giuliana diz que os peixes criaram patas é claramente uma figura de linguagem. Não há nada de errado. As patas foram surgindo gradualmente com pequenas alterações entre as gerações do animal. É isso que ela quis dizer.
Rafael, no paper sabem que não foi o tiktaalik e muito menos qual outro animal seria, logo, isso é FALTA de evidência e não evidência.
O estudo está muito mais para mostrar a não transição de água para terra; como neste item: “Uma das coisas surpreendentes é o tamanho de algumas dessas pegadas isoladas”, acrescenta ela. “É de se esperar um animal menor para tornar-se terrestre mais facilmente.”
Acho que a matéria de Miranda põe em dúvida sim, esta suposta evolução com várias ressalvas tipo:
“Segundo os autores, isso “força um revisão radical” de teorias sobre a transição.”
“muda as ideias sobre quando, como e sob quais circunstâncias os tetrápodes evoluíram”.
“É um cenário diferente do que andava sendo proposto para a origem dos vertebrados terrestres.”
“os resultados do estudo dependem da interpretação das marcas. E isso ainda está longe de ser consenso entre paleontólogos.”
Se basear em pegadas é um absurdo e forçar a barra! não são nem fósseis; ainda mais essas:
“Ainda assim, boa parte das pegadas está incompleta ou precisaria de mais exemplos para ser interpretada com precisão.”
“Ainda assim, afirma a pesquisadora, é preciso cautela. “São marcas isoladas. Pessoalmente, acredito que algumas delas possam ter sido deixadas por animais diferentes.”!!!
o Tiktaalik não passa de um peixe que sempre evoluiu para peixe. Vários estudos contestam a efetividade transicional desse ser. Caso tivessem surgido patas e outras partes características de tetrápodes de forma gradual, lenta e cumulativa como prega a ideologia transformista Darwinista, acharíamos muitos fósseis dessas formas em transformação inclusive com mudanças internas.
O que falta ser explicado, e que nunca é explicado, aos leigos e curiosos sobre o tema, é o benefício proporcionado por uma “meia pata” ou “proto-pata” ou um “proto-pulmão” a um peixe para que ele pudesse sair da água… qualquer mutação que ocorra, por mais simples e pequena que seja, causa enormes alterações fisiológicas que nunca são benéficas, sempre maléficas..
Luiz,
O gradualismo da teoria da evolução foi explicado e demonstrado exaustivamente por incontáveis autores. Um livro clássico que trata bem desse problema é “O Relojoeiro Cego” de Richard Dawkins. Alterações pequenas e graduais podem, sim, ser benéficas e levam a transformações maiores quando se acumulam ao longo do tempo. Não há nenhuma contradição nisso.
Luiz,
“O Be-a-Bá da Evolução” (legendado).
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=hfB7zRbVSmE#!
Rafael,
Exatamente, o gradualismo NA teoria da evolução foi explicado e demonstrado exaustivamente por incontáveis autores, mas não foi provado por nenhum desses autores. Ficou apenas na explicação de como funciona a teoria.
A questão é: qual o benefício proporcionado por uma meia-asa?
Todas as aves que hoje vemos têm as asas completas, tanto para aquelas que voam, quanto para as que não voam. Uma asa que não seja completa não tem função e não tem propósito.
Prezado Rafael,
Mas o próprio Dawkins (o profeta do ateísmo) neste livro menciona: “a biologia, o estudo de coisas complicadas que dão a aparência de terem sido criadas com algum propósito.” p.1,18.
E aqui ele em DELÍRIO tentando justificar o injustificável! numa pergunta simples dirigida a ele justamente sobre “transformações maiores” que vc menciona.
http://www.youtube.com/watch?v=vnuY11H1zxc
A verdade é que muitos crentes naturalistas Darwinistas já duvidam que houvessem macromutações capazes de fazer um réptil evoluir para um pássaro; ou mamíferos terrestres evoluíram para baleias!! pois não há nenhuma evidência empírica e concreta científica de tais “fatos” (mitos…).
Prezado Rafael, eu já estou vacinado contra esses criacionistas de plantão que gostam de criticar o evolucionismo. O objetivo é criar polêmica, como se a evolução fosse mera teoria, sem respaldo algum, cheia de falhas e em crescente descrédito. Interessa ao grupo, isso sim, empurrar o Design Inteligent ou a literalidade bíblica, isso sim, ciências de ponta no entendimento dos mesmos. Por trás do pretenso interesse em “nome da verdade” esconde-se essas pseudociências mescladas com pura religião. Não perca seu tempo.
Prezado Rafael o que os dois criticos da evolução não fazem é explicar qual o mecanismo que gerou todos os seres vivos da Terra. E numa inversão de papéis chamam os naturalistas de crentes, como se fosse uma questão de fé. Com certeza vão empurrar o DI que baseia-se na complexidade irredutível que nada mais é do que o aparecimento de orgãos completos do nada. Claro que o Design é Deus. Cristão por excelência. Note que evitam tocar no assunto porque os crentes na verdade são eles.
Caro Ronald,
Mas são os crentes fundamentalistas Darwinistas que devem comprovar a seguinte sequência fantástica:
NADA criando EXPLOSÃO e criando matéria, energia, espaço, tempo, a SORTE e ACASO criando-se a si mesmos e os mecanismos antrópicos, ACASO criando informação, ordem e depois SORTE e ACASO gerando LAMA em um ambiente estéril criando a VIDA-DNA!!(alta complexidade) do ACASO E SORTE+ACIDENTES com amebas virando cavalos e SANDY E JÚNIOR em milhões de anos… HAJA FÉ!!
A descrição de Gênesis me parece mais lógica, sensata e racional…
Bem sr. Cícero, pelo menos o senhor mostrou-se um criacionista da Terra Jovem. Já é um começo. Apesar do jogo de palavras que nada explica, a Gênese Bíblica é mero mito, assim como de outras civilizações. Gostaria que me explicasse a nucleossíntese dos elementos. A formação dos depósitos carboniferos, a cratera que extinguiu os dinossauros, a expansão do Atlântico em apenas 6000 anos. E porque nunca achamos nos registros fosseis trilobitas com restos de coelhos e girafas? O sr mistura biogenese, com cosmologia e evolução, o que demonstra desconhecer tais especialidades. Mas deve acreditar na Arca de Noé, Adão e Eva, a abertura do mar Vermelho como fatos verídicos. Que os leitores decidam quem realmente se baseia na fé e não em disciplinas estabelecidas com farto material comprobatório.
Resolvi completar minhas assertivas em função do quadro estapafúrdio que montou. 1-O nada originou o Universo. Certo. O Nada era energia antes de transformar-se em matéria;E=MC2. Universo antrópico: Errado. Vasto demais para extrapolar que tenha como único propósito a Terra e o homem. Vida igual a Lama. Errado. Moléculas auto-replicantes formada por pressão seletiva. Amebas virando cavalos.Errado. O primeiro é do Reino Protista e o segundo do Reino Animalia. O primeiro não gerou o segundo. Agora quanto a gerar a Sandy ou o senhor fica a escolha a seu critério. Pelo conhecimento demonstrado eu diria que o sr. tem mais parentesco com o Equus Asinus do que com os Primatas. Mas nada impede de continuar acreditando na Fábula da criação ex nihilo do mundo há seis mil anos por atos sobrenaturais. Esses sim exigem muita, mas muita fé mesmo. E nada explicam. A proposito o genoma da Ameba é maior e mais complexo do que o do homem, a criatura criada a imagem de Deus.
Sr. Ronald,
vc levantou uma série de ítens, que se fosse debater todos a fundo daria quase um livro, e não sei se o nobre Rafael teria paciência e compreensão em publicar; mas vou comentar alguns resumidamente:
1. Sobre a cronologia bíblica, de fato não podemos afirmar que o mundo tem exatamente 6 mil anos. Há boas evidências (até científicas) que a humanidade tenha mais de 6 mil anos..
O universo pode ter milhões, bilhões, trilhões de anos, isso não desaprova a Bíblia. Ela apenas nos diz “No princípio criou Deus os céus e a terra.” Gn. 1:1
Quando isso aconteceu? Não sabemos.
E não sabemos por quanto tempo Adão e Eva viveram antes da Queda; pois a Bíblia não revela esse fato, e nem uma suposta idade pro Universo. Isso é segredo de Deus – Dt 29:29.
2. É óbvio que deveria haver um casal inicial para a humanidade. Pelo tempo que viveram, estudos indicam que Adão e Eva tiveram uns 60/70 filhos cfe. Gn 5:4.
Tens provas que Gênesis é mito? Jesus e os apóstolos citaram Adão e Eva; ou eles também são mitos?
Pelo contrário; além da Bíblia há também registros históricos e arqueológicos. Temos a descoberta das tábuas de Ebla-atual Síria datadas em torno de 2300 AC. O povo de Ebla acreditava na criação a partir do nada. Ali contém nomes das cidades de Ur, Sodoma, Gomorra e deuses pagãos citados na bíblia como Baal, além de nomes como ADÃO, EVA e NOÉ e antecede o registro babilônico em 600 anos.
Tabletes de argila sumérios expostas no Museu Britânico registram a confusão de línguas de acordo com o registro da torre de Babel, também os babilônios tem registros similares.
Achados na mesopotâmia, nas bibliotecas das cidades de Nuzi e Mari, se descreve os costumes patriarcais de Abraão.
3. Inúmeros pilotos e exploradores dizem ter avistado a Arca no Ararat. Evidências do Dilúvio Universal estão espalhos pelo mundo (geologia, fósseis, tradições antigas, Talude etc) Ex. em todas as altas montanhas do mundo há vários fósseis de baleias, tubarões, animais marinhos, mamíferos, répteis e dinossauros juntos cimentados em calcita, com DNA e outros tecidos moles orgânicos neles (logo, não poderiam ter milhões de anos!) o que caracteriza que morreram num evento rápido e violento de soterramento: tipo o Dilúvio.
Fósseis tridimensionais (raros) de animais apresentam uma evidência clara de um sepultamento ainda em vida, ou de um enterramento imediatamente após a morte. Estudos revelaram que o processo de petrificação dos mesmos iniciou-se enquanto ainda estavam vivos; o mesmo ocorre em fósseis de trilobitas.
O Dilúvio não foi uma simples chuva, veio mais água de baixo que de cima,Gn7:11 “romperam-se todas as fontes do grande abismo”.Foi um mega-evento que alterou de forma brusca toda a crosta terrestre. Veio violentamente água e fogo debaixo, com mega-terremotos/maremotos, vulcanismo rasgando a pangeia que não tinha altas montanhas, e o oceano não era tão profundo, formando os continentes atuais e o efeito na vertical formaram as grandes cordilheiras. Catastrofismo ainda se ve hoje em menor escala.
4. A travessia do mar vermelho com fotos de restos de carruagens egípcias e ossadas humanas vemos aqui: http://arqbib.atspace.com/exodo.html,
5. A cratera do México não extinguiu nem um cão sequer! quanto mais dinossauros:
“Não encontramos sinal de uma única espécie que foi extinta como resultado do impacto de Chicxulub”.
http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=63088
Os cientistas não gostam da opção do Dilúvio simplesmente porque implica ideologia religiosa …,mas ela é plenamente aceitável cientificamente.
6.Uma explosão (big-bang) teria produzido apenas caos, pulverização de gás e radiação geral e continuar se expandindo, e não formar intrincados planetas, estrelas e galáxias inteiras com finos ajustes na produção de hidrogênio e hélio e muito menos vida orgânica inteligente, e outras aqui.
7. Dizer que o nada é energia, não passa de uma terrível falácia lógica. Então que ou quem gerou ela? além disso o big-bang não seria o Início então… haveriam eventos anteriores gerando energia! Mas o universo teve um Início pois está se desgastando cfe. a 2ª Lei da Termodinâmica.
8. O princípio antrópico é fortíssimo. Vou citar apenas 3 constantes necessárias dentre tantas:
-Os astrônomos concordam que se houvesse a menor variação na hora do big-bang, alterando as condições, mesmo que pouco, nenhuma vida existiria.
-O oxigênio compõe 21% da atmosfera. Se a porcentagem fosse 25%, a atmosfera começaria a pegar fogo, se fosse 15% os seres humanos morreriam asfixiados.
-A força centrífuga dos planetas se não equilibrasse exatamente as forças gravitacionais, NADA ficaria em órbita em torno do sol.
9.Moléculas auto-replicantes como? Supondo que haveria energia; os únicos sistemas que podem captar energia para fazer esse trabalho são ou vivos ou inteligentes.
Digamos, que mesmo que a sorte e acaso em extremo não dirigido, não intencional formassem o RNA e até o DNA. Fica a pergunta: e as outras unidades, estruturas, organelas e enzimas de uma célula?? E por que e como ela se duplicaria, Quem ordenaria tal função? elementos químicos INTELIGENTES??!!
10.Amebas que viram peixes, e estes sapos e estes jacarés e estes camelos, macacos, humanos. Depois lobos virando baleias e dinossauros virando colibris!!
A fantasia transformista darwinista é patética… e ainda se atrevem a dizer científica!
11.Se o genoma das amebas é mais complexo que os homens é mais uma prova da profusão e diversidade complexa dos seres surgida de forma imediata em pleno Cambriano, tipo polvos, artrópodes etc, que não mudaram nada até hoje.
Abçs.
Sr. Cícero tudo o que citou poderia ser rebatido aqui e daria dois livros. O primeiro refutando suas crendices, onde mistura arqueologia com a Bíblia, numa sequencia sem nexo, apenas para satisfazer seu desejo de crente, refutando as tolices que diz, sem provas, sobre a Cosmologia, Geologia, Paleontologia, Astronomia. O segundo livro, serviria para lhe ensinar um pouco de Ciências, onde o senhor parece desconhecer quase tudo. Com certeza, pela maneira como escreve deve ser associado do Instituto Discovery. Assossiação de Religiosos que tem por único objetivo, desqualificar a Evolução e substituí-la pela literalidade biblica. Vamos citar só duas para não perder tempo com suas bobagens patéticas. Não vejo porque a 2 lei da termodinâmica impede a origem do Universo. Aumento da Entropia, é desordem dentro de um sistema fechado. Aliás discute-se hoje se de fato ele teve uma origem. É curioso citá-la, já que seus amigos criacionistas adoram dizer que ela impediria a origem da vida.Mas ai está o senhor, provando o contrário. Claro, que gostam de utilizar termos cientificos que mascaram seus principios religiosos. A segunda, é a do principio antrópico. Ora ele também poderia ser o principio litico, pois se não estivesse afinado do jeito como descreveu não existiriam as rochas. Depois cita A arca de Noé, Adão e Eva, Diluvio, como se fossem coisas reais, deturpando material arqueologico, como bom criacionistas, para dar suporte às suas fantasias. Parece que nunca ouviu falar da faixa geologica KT que demarca a extinção dos dinossauros. Enfim, para que todos do blog percebem, criticas ou estudos que refutem a forma como Universo surgiu e evoluiu naturalmente, não procedem de Universidades laicas e sim de entidades ou pessoas religiosas que se sentem incomodadas, como é o caso do sr. Cícero, criacionista da Terra dos 6000 anos confesso. Criticam todas as disciplinas, utilizando jargão cientifico, para se parecerem estudiosos desinteressados, mas não colocam nada no lugar a não ser a literalidade biblica. Então, só para exemplicar como funciona o mundo sobrenatural e a mente de pessoas como o sr. Cícero, que nos explique de forma “natural” como o espírito santo fencundou o óvulo da virgem maria e depois fez o parto de Jesus, de forma que ela continuasse virgem. Preparem-se para verem o que é ciência no entender dessas pessoas.
Errata: Onde assossiação, ler-se associação.
Bom o sr. Cícero mistura Biblia, como um compêndio de Geociências para explicar como a Terra se formou. Observa-se isso nos itens de 1 a 4. Claro que sem base alguma em disciplinas paleontológicas e geológicas, e sim em versículos bíblicos. Fala de “provas” do Dilúvio, por haver “fósseis – conceito que rejeitam, mas que adotam quando lhe interessa, – em todas as montanhas do mundo. Para o leigo soa até convicente, mas para quem tem um minimo de conhecimento geológico, que não deve ser o caso do sr. Cícero, se observamos a Orogênese, as montanhas constituem-se de camadas sedimentares, depositadas ao longo do tempo. À medida que as placas tectônicas – deve desconhecer isso também – se movimentam, produzem falhas e dobramentos na litosfera. Ora os fósseis, à medida que a montanha é empurrada para cima, sobem junto com as camadas. O detalhe, salvo se houver, uma dobra que quebre a sequência, modificará a disposição das camadas. Mas ao contrário de um dilúvio onde os restos são depositados caoticamente, o que se vê nestas camadas é uma progressão de formas de vida depositadas uma acima da outra, numa sequência que é a disciplina da estratigrafia, algo que deve desconhecer também pelas patetices que diz. Há nelas restos de formas de vida do tempo em que as camadas estavam no fundo do mar, como os Alpes e o Himalaia, que continuam crescendo, até hoje. O Grande Canyon , por exemplo, cortado pelo rio Colorado, demonstra a disposição das camadas com formas progressivas de vida. Nunca se vê restos de trilobitas misturadas com coelhos e ursos, ou dinossauros com cavalos. Isto o sr. Cícero, como todo bom criacionista, escamoteia. Outra coisa típica do analfabetismso cientifico criacionista é a “explosão Cambriana”. Para o leigo soa como algo que surgiu de repente, milagrosamente. Só que foi um processo que durou dezenas de milhões de anos, e que graças ao aumento do oxigênio e a formação de carapaças permitiu a formação dos primeiros fósseis e a proliferação de filos. Mas já havia vida antes. Quanto à formação dos cefalópodes e artrópodes, de fato surgiram cedo no registro geológico, e são resquicios desses tempos que sobreviveram até hoje. Porém outras formas se extinguiram como os amonites. O que precisa ficar claro é que a evolução está sempre produzindo novas formas e algumas conseguiram se manter até hoje, como nesse caso. A dos dinossauros, por exemplo, foram extintas e portanto não chegaram até os dias de hoje. O registro fóssil mostra claramente que o que temos hoje é uma pálida imagem do que já existiu da vida desde o Cambriano e 99 % das espécies já se extinguiram. Nunca se vê estratos sedimentares com coelhos, dinossauros, elefantes e girafas. Quanto a Arca de Noé no Ararat demonstra a cegueira e a fé exarcebada dos criacionistas. Trata-se de uma formaçao rochosa. Não de madeira que virou rocha. Mas de rocha mesmo. Chega a ser rídiculo até que ponto vai a crença dessas pessoas. Quanto ao Big Bang, se de fato houve, pela famosa equação E=MC2, a energia converteu-se em matéria permitindo a formação de átomos, por isso há uma grande predominancia de hidrogenio e hélio, os elementos mais simples da tabela periódica no Universo. A nucleossíntese estelar produziu os demais elementos pesados. Então poderíamos continuar produzindo dois livros; um refutando as bobagens do sr. Cícero e outra ensinando-o um pouco sobre as várias disciplinas que ignora. Notem que essas pessoas nunca vão a uma universidade debater com cientistas das áreas que criticam. Procuram sempre a midia, para atingir os leigos com sua pseudociência criacionista e mistura de textos religiosos. Paro por aqui. Ufa!
Por último gostaria de abordar a forma como foi tratada a cratera de Chicxulub que pela teoria de Luiz Walter Alvarez, Nobel de Física, extinguiu os dinossauros. O senhor Cícero diz que conforme link, a cratera não matou nenhum cão. Eu não sei se esse comentário foi proposital ou se de fato, tem um desconhecimento abissal de paleontologia, já que não existiam cães no Cretáceo há 65 milhões de anos. Apesar dos mamíferos terem se desenvolvido durante os duzentos milhões de anos em que os dinossauros existiram, só a extinção desses permitiu que pudessem sem a concorrência destes, explorarem novos habitat e se diversificarem em novas formas, entre elas, a dos primatas, ao qual o sr. Cícero pertence, quer queira ou não.
Fiz a citação porque um impacto com um asteroide com 10 km de diâmetro, numa terra com apenas 6000 anos, inviabilizaria o mundo que conhecemos, já que demoraria muito para que a biosfera se restabelecesse em tão pouco tempo. E como homem só existe neste período de tempo provavelmente teria se extinguido, sem deixar registros escritos de tal hecatombe.
No entanto, o sr. Cícero aproveitou para deturpar como bom criacionista que é, – isto é frequente nos textos que escrevem , pinçando coisas aqui e ali – um artigo que parece contestar a validade da extinção dos dinossauros, quando na verdade questiona se o asteroide contribuiu para isso e não que não houve a extinção. Como há uma camada de irídio na faixa K-T, que delimita o Cretáceo do Cenozoico, ele ou provém de um asteroide ou de erupções vulcânicas. O certo é que não há restos de dinossauros acima desta camada. Infelizmente não foi porque não couberam na arca de Noé, como desejaria o sr. Cícero.
Mas por um lado foi bom isso, porque demonstra como trabalha a Ciência. Ela não é dogmática como certos livros sagrados. Se novas provas invalidam uma teoria e explicam melhor uma série de fatos sobre determinado tema, claro que serão apresentados provas e contraprovas pelos dois lados, até que prevaleça a que melhor explique os fatos observados.Quanto à biogênese tudo indica que o RNa surgiu primeiro e pela forma evolutiva evoluiu para o Dna. As primeiras células devem ter sido extremamente simples, sem a complexidade das organelas de hoje. Mas podem ter adicionado organelas por simbiose como propõe Lynn Margulis. No entanto ao invés do sr. apresentar teorias alternativas, como todo bom criacionista critica, sem nada acrescentar ou explicar, apenas dando a entender que ela seria tão impossível, que só pode ter sido dirigida (pseudociência do DI/complexidade irredutível) ou por uma divindade.