O carvão, o gás, Obama e o clima
02/04/12 07:00O governo dos EUA propôs primeira vez na história do país uma regulamentação para limitar a quantidade de gás carbônico que pode ser emitida na atmosfera. Anunciada uma semana atrás por Lisa Jackson, chefe da EPA (Agência de Proteção Ambiental), a medida deixou muitos ambientalistas em dúvida sobre se devem comemorar ou não. Será que isso é finalmente um sinal de comprometimento do governo americano em dar sua contribuição no combate ao aquecimento global?
A proposta –que ainda precisa ser formalmente assinada pelo presidente Barack Obama e pode enfrentar processos– é basicamente vetar a construção de qualquer usina que emita mais de 450 kg de CO2 para cada megawatt-hora de energia elétrica gerada. Esse requisito de eficiência significa basicamente proibir o uso de carvão para gerar energia, já que as usinas consumidoras desse combustível costumam emitir mais de 900 kg de CO2/MWh.
Como a medida ainda prevê um período de tolerância de um ano a partir do momento em que entrar em vigência, porém, é bem provável que seu efeito prático seja pouco. Primeiro porque muitas usinas a carvão já existentes, que não seriam submetidas ao novo limite, poderão funcionar por muitos anos. Hoje elas geram mais de 40% da eletricidade do país. Segundo, porque na construção de usinas novas, a opção pelo carvão tende a ser naturalmente solapada pelo barateamento de outro combustível fóssil, o gás natural, que por acaso é mais limpo (usinas novas emitem cerca de 350 kg de CO2/MWh).
Segundo o Conselho Nacional do Petróleo, nos últimos 20 anos, a quantidade estimada de gás natural da América do Norte dobrou. Além disso, muitas reservas tidas como difíceis de explorar estão agora se tornando mais atrativas diante de novas técnicas de perfuração, como o “fracking”, a injeção de água no subsolo para fraturar rochas e liberar gás aprisionado em alguns tipos de formação geológica.
O otimismo com o gás basicamente invalida o argumento de quem a acusa o presidente Barack Obama de matar empregos ao criar dificuldades para o carvão. A indústria carvoeira na região dos Apalaches, por exemplo, está em decadência também por outros motivos, como o aperto das regras ambientais contra poluição local por metais pesados. Mesmo uma improvável vitória republicana na eleição presidencial não mudaria muito esse cenário.
Comentei isso com meu amigo Claudio Angelo, jornalista que espera viver o suficiente para cobrir a assinatura de um acordo global eficaz contra o aquecimento global. Disse a ele que a EPA estava apenas “chutando cachorro morto” ao impor mais restrições à indústria do carvão, mas ouvi uma boa resposta: “O cachorro não está morto, só meio desmaiado. É um momento bom para tentar colocar uma focinheira no bicho”.
De fato, alguns analistas acreditam que os baixos preços do gás natural são uma situação artificial que pode mudar. Se isso acontecer, uma lei para frear o carvão vai efetivamente fazer a diferença no futuro, e aí a proposta da EPA terá sido uma medida corajosa.
O que não está claro, porém, é se uma migração para o gás natural vai efetivamente marcar a entrada dos EUA numa curva real de redução de emissões. Hoje, muitos políticos democratas chamam o gás natural de “combustível de transição”, uma expressão que pode virar piada se o país entrar num ciclo de extração e consumo de gás com duração a perder de vista. O gás, afinal, é melhor que o carvão, mas também é um combustível fóssil, que aquece o planeta ao ser queimado. Pouca gente acredita que a mudança nas emissões globais de CO2, independentemente da fonte, vai ser significativa se os EUA não assumirem uma meta de cortes em algum momento da história.
Pouca gente sabe, mas os Estados Unidos são responsáveis pela emissão de mais de 25% dos gases de efeito estufa no mundo. E, como diz o texto da matéria, mais de 40% da energia elétrica gerada nos EUA são provenientes de usinas térmicas a carvão mineral, que é a fonte de geração de energia elétrica mais poluidora do planeta. O Brasil, em contraposição, gera mais de 90% da sua energia elétrica a partir de usinas hidrelétricas, uma das mais limpas fontes de geração de energia do mundo, somente perdendo para as usinas eólicas e solares. Estranhamente, ONGs de origem estrangeira e o Ministério Público brasileiro vem, sistematicamente, tentando colocar a Opinião Pública nacional contra os projetos de novas centrais hidrelétricas. Esta proposta pode, a médio prazo, forçar o governo a lançar mão, em grande escala, de usinas a carvão mineral e a gás, causando uma mudança drástica na nossa matriz energética. Infelizmente, para pior.
Caro Rodrigo,
É importante, sim, que o Brasil se esforçe para manter sua matriz energética limpa, mas reduzir emissões de CO2 não é desculpa para aprovar a toque de caixa projetos de hidrelétricas que podem ter consequências ambientais e sociais graves. Se você está se referindo ao caso de Belo Monte, suponho que as ONGs “internacionais” que você menciona não sejam a SBPC e a Academia Brasileira de Ciências, as duas sociedades científicas mais respeitadas do país, brasileiríssimas, que pedem ao governo mais cautela no processo de licenciamento da usina. Algumas ONGs de origem internacional, como o Greenpeace, de fato fazem pressão contra Belo Monte. Também fazem pressão pela redução do desmatamento, a maior fonte de emissões de CO2 no Brasil. Cuidar do ambiente é algo que fortalece a soberania nacional. Fazer perseguição ideológica, não.
Rodrigo, a usina hidrelétrica também pode produzir toneladas de gases de efeito estufa, por exemplo Balbina e a futura tragédia ambiental de belo monstro. A emissão por KWh gerado dessas duas usinas é/será superior a de uma térmica a óleo. Enquanto isso nosso enorme potencial eólico e solar, ambas fontes de rápida instalação, são desprezados pelo governo.
Mesmo podendo surtir algum efeito no futuro (o que na verdade não se sabe ao certo), a medida tomada pelo Obama parece aquelas de tantos outros políticos perto das eleições: não resolve nada e consegue agradar todas as partes. Assim, Obama tenta alavancar um novo mandato para, quem sabe, fazer alguma coisa.
Seguem alguns dados de diferentes usinas utilizadas para gerar 300 MW elétricos ao longo das 24 horas de um dia.
Usina termoelétrica a carvão mineral: massa total de carvão consumida = 2500 toneladas; massa de dióxido de carbono liberada na atmosfera = 7200 toneladas.
Usina termoelétrica a óleo combustível: massa total de óleo consumida = 1955 toneladas; massa de dióxido de carbono liberada na atmosfera = 5760 toneladas.
Usina termoelétrica a gás natural: massa total de gás consumida = 1172 toneladas; massa de dióxido de carbono liberada na atmosfera = 3216 toneladas.
Usina hidroelétrica: área total alagada = 168 quilômetros quadrados (considerando a média nacional de 0,56 quilômetro quadrado de reservatório por MW elétrico instalado).
Usina nuclear: massa total de U-235 consumida = apenas 1 quilo; massa de dióxido de carbono liberada na atmosfera = zero (nem uma molécula sequer); área total ocupada pela usina = 2 quilômetros quadrados.
Alguém ainda ousa fazer comparações ?
Na minha interpretação, é tarde demais.
Nesse blog temos relatos da tempestade solar (2013-2014).
A ciência tambem cita atraves da arqueologia grandes mudanças climáticas que ocorrem a cada 25.800 anos aprox. e que devem ocorrerem ainda no final deste ano.
Então, dormiram por mais de 150 anos de desenvolvimento, esqueceram de estudar Arquimedes (278~212 a.c.) pois muitos lembram da multiplicação de pães e de peixes mas se esqueceram das multiplicações das forças através das alavancas, uma fonte de energia limpa e disponível.
Agora temos que esperar os acontecimentos.
A partir daí temos mais de 25.000 anos para fazer a lição de casa
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